domingo, 5 de abril de 2009

Pimentas


Pimentas

Há registros de as pimentas terem origem há mais 7.000 anos A.C., na região do México Central. Cristóvão Colombo na América, em 1493, estava à procura de uma fonte alternativa de pimenta preta, que na época era o condimento favorito na Europa, quando acabou por descobrir um fruto vermelho pequeno, muito usado pelos nativos americanos há séculos - a pimenta vermelha. Ele os chamou "pimiento", palavra espanhola para pimenta preta. A pimenta é o fruto das plantas piperáceas e solanáceas.
Meu amigo Gladston Mamede certa vez contou em seu programa, Direito em Debate, à época no Canal 6, hoje Canal 13, TV Comunitária, que eu teria uma gaveta cheia de pimentas no freezer. Não chega a encher a uma gaveta, mas geralmente quando vou ao mercado compro pimentas frescas e congelo, assim sempre tenho à mão. A verdade é que adoro pimentas, de preferência as com maior teor de ardência. A alta tolerância foi adquirida, certamente, porque quando adolescentes, meu irmão, Steiner, e eu fazíamos um tipo de campeonato para ver qual de nós suportava mais. Ao comermos salgadinhos um servia ao outro, não sem antes rechear com porções sempre cada vez mais generosas de pimentas. E quando não dava mais para aguentar, nada mais poderia ser feito: água, leite, açúcar, pão, ou qualquer outro tipo de alimento não era capaz de minorar o ardor em toda a boca, em “chamas”, gerando salivações constantes, transpirando-se a face e deixando o nariz úmido, quase que brotando água, tudo isso na busca de se refrescar. Mas a sensação é muito boa, isso porque gera a fabricação de endorfinas, emergindo-se um bem-estar, uma euforia. Ou seja, é o celebro recebendo morfina interna. É sabido que quanto mais é a ardência de uma pimenta maior será a produção de endorfina. Esta substância é poderosa, afinal quantas vezes ouvimos quando uma pessoa machuca praticando esporte dizer que nem tanta dor está sentindo? É a tal da endorfina, quanto mais é produzida pelo corpo menos dor é sentida. Passada a adolescência, lembro-me de uma pimenta que acabou comigo e também com outros amigos. Foi comprada em São Francisco, na Califórnia, USA, no Fisherman's Wharf. Ao fazer uso dela tive que deixar a comida no prato e fazer outro. E ai, durante algum tempo, sempre que aparecia alguém disposto a fazer uso de uma pimenta forte eu logo entregava a “poderosa”. Todos que comeram, sem exceção, não suportaram. Ela era terrível, acabou graças a Deus! Não me recordo de ter passado por situação semelhante depois dessa aventura de sabor tão picante.
Capsaicina, presente na pimenta vermelha, e piperina, na pimenta-do-reino, são as substâncias picantes das mesmas, que estimulam as secreções do estômago, melhorando a digestão. Há estudos que comprovam a ação antioxidante (antienvelhecimento) das pimentas, que são fontes de vitaminas A, C e E, ácido fólico, armazenam potássio e ainda são livres de colesterol. Às vezes, são elas que dão aquele toque especial nos pratos. Depois do sal, são elas, as pimentas, as mais usadas em todo o mundo.
Gosto tanto de pimenta que acabo por fazer um uso bastante variado. Meus amigos sabem disso! Mas fazendo uma aula de culinária com a Chef Karen Piroli foi que aprendi a, depois de bem picadinha, misturar pimenta dedo-de-moça com açúcar. Para que? Comer com morangos e tomar champagne. Se quiserem que fique mais leve, retire as sementes antes de misturar ao açúcar. Podem experimentar, é fantástico!

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