segunda-feira, 13 de abril de 2009

Folclore - Pinga

Recebi da professosa Edna Roriz um e-mail com a seguinte informação:
"Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o "azedo" do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome "PINGA". Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE". Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que,com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo. (História contada no Museu do Homem do Nordeste ). "
Ela recomendou que eu verificasse a informação.
Perguntei ao meu estagiário Mateus Gontijo a respeito e ele disse:
"Quase todos os textos na web que tratam do assunto têm essa mesma passagem, contudo trata-se de folclore. Achei um texto mais confiável que diz: "O nome pinga só veio depois, no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, segundo Câmara Cascudo (1991), no final do século XIX. Era a destilação, depois da fervura e evaporação do caldo fermentado, que “pingava” na bica do alambique."
Segue o link: http://www.chefonlinebrasil.com.br/cachacas/cachacas.php?codigo=23

Nenhum comentário:

Postar um comentário