terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VINOTÍCIAS - DICAS SOBRE VINHOS, 03/2011 – Ano IX

VINOTÍCIAS - DICAS SOBRE VINHOS 03/2011 – Ano IX
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Paixão pelo Vinho

Este informativo apresenta as dicas de promoções e os eventos ligados ao vinho que irão se desenvolver na nossa Capital e nas cidades em que temos amigos do vinho. É também um resumo dos encontros que se desenrolaram durante a semana, com as notícias veiculadas pelos principais articulistas nacionais, em jornais ou revistas especializadas sobre o assunto, que são aqui reproduzidas sem nenhuma alteração. As informações sobre os vinhos que serão ou foram degustados nos eventos são de responsabilidade dos seus realizadores.

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO

● AGENDA DE EVENTOS DE VINHOS E VIAGENS PROGRAMADAS
● CURSOS, DEGUSTAÇÕES, EVENTOS ENO - GASTRONÔMICOS
● VINHO E CULTURA - NOTÍCIAS ENO - GASTRÔNOMICAS E DICAS
● PROMOÇÕES DE VINHOS E ACESSÓRIOS EM BH
● MARCELO COPELLO – “ ENTREVISTA AO IG VINHOS “
● GERSON LOPES – “ ENCONTRO COM OS DOURO BOYS – PARTE I ”
● JANCIS ROBINSON – “ VINHOS COM CONTEXTO “
● JOSÉ PENIN – “ OS BRANCOS IBÉRICOS “

AGENDA DE EVENTOS DE VINHOS E VIAGENS PROGRAMADAS :
● 18 e 25.JAN.2011 - 19:15Hs – CURSO DE INICIAÇÃO À DEGUSTAÇÃO DE VINHOS BELO VINHO - Agora você já pode fazer o seu Curso de Iniciação à Degustação de Vinhos com o Belo Vinho. Um curso que já começa diferenciado no material: você vai ganhar como material de referência o livro Vinho Sem Segredos de Patricio Tapia. Um belo guia que em conjunto com este curso vai fornecer todos os pontos básicos para que você possa: - Conhecer os princípios técnicos da degustação. - Adquirir a técnica adequada para avaliar os diferentes estilos do vinho. - Desenvolver a sua capacidade de apreciar um vinho. Em um curso de aproximadamente 7 horas você verá os seguintes tópicos: 1) O Vinho, Elaboração, O enólogo, o Sommelier e o Enófilo, Principais Castas Viníferas. 2) Beber versus Degustar. 3) Análise Sensorial do Vinho, Avaliação Visual, Avaliação Olfativa, Avaliação Gustativa, Avaliação Global. 4) Críticos, Guias, Revistas de vinhos e notas. 5) Ficha de avaliação. 6) Serviço do Vinho, Escolhendo e comprando vinhos no Brasil e no exterior, Transporte e guarda, Acessórios do vinho, Temperatura de serviço, Servindo o vinho. Durante o curso você degustará 11 vinhos. Dados do Curso: Datas: 18 e 25/01/2011. Local: Rex Bibendi - Rua Outono 81, Sion - Belo Horizonte/MG. Horário: 19:15 às 22h30min. Custo - R$230,00. Maiores informações: curso@belovinho.com.br ou com Lucas (31) 9192-6874 ou Christovão (31) 9977-5271.
● 20.JAN.2011 – 5ª-feira - 20:00 HS – ENOPIRA – DEGUSTAÇÃO DE VINHOS ARGENTINOS – IMPORTADORA WORLD WINE. Palestrante- Luiz Otávio Peçanha. VINHOS APRESENTADOS: 1- Andeluna Malbec 2009; 2- Sophenia Synthesis Malbec 2008; 3-Poesia Clos des Andes Malbec 2006 ; 4- Goulart Gran Vin Malbec 2006; 5- Sophenia Synthesis The Blend 2005; 6- Poesia 2005; 7- Andeluna Pasionado 2004. APÓS A DEGUSTAÇÃO SERÁ SERVIDO: Bife de Chorizo Assado. PREÇO POR PESSOA: R$ 100,00. Somente 15 vagas. LOCAL: ENOPIRA - Rua Mamede Freire nº 79 I Piracicaba SP. FONE: para Informações e Inscrições: (019) 3424-1583- Cel. (19) 82040406 . Luiz Otávio- E-mail- luizotaviol@uol.com.br

● 28.JAN.2011 – 20:00hs - TRÊS CORAÇÕES – SOCAVI – DEGUSTAÇÃO BOTA-FORA WORLD WINE - Teremos a oportunidade de, a preços muito interessantes, degustar uma seleção de vinhos importados pela World Wine - La Pastina, uma das maiores firmas do ramo no Brasil. Provaremos: 1. Crémant de Bourgogne "Perle de Nuit" Blanc de Noirs Brut - Borgonha, França - espumante branco de uvas tintas, feito dentro de rigorosas normas do INAO para os "crémants"; 2. Anima Umbra Bianco IGT 2008 - de Arnaldo Caprai, Umbria, Itália - refrescante branco do centro da Itália, do melhor produtor umbro. spanhóis da Matarromera / Emina: 3. Emina Rosado 2008 – Cigales ; 4. Matarromera Melior 2007 (tinto) - Ribera del Duero ; 5. Emina Crianza 2005 (tinto) - Ribera del Duero ; . Emina Prestigio 2006 (tinto) - Ribera del Duero. E, para encerrar com chave de ouro, olhem só: 7. Fondillón Gran Reserva 1980 (isso mesmo, 1980), de Salvador Poveda - Alicante - Espanha - vinho de sobremesa feito por um processo sui generis, muito complexo, experiência realmente única. Depois desse festival enológico, teremos um bom jantar, cujo cardápio e detalhes enviaremos em uma próxima mensagem, assim como os preços do evento. Desde já, entretanto, reserve lugar em sua agenda para esta ótima chance de conhecer grandes vinhos e lembre-se: carpe diem ! Dia 28 de janeiro de 2011 - sexta-feira - 20:00 horas - Informações e Inscrições com Janete, pelo telefone (35) 3232 1086. SOCAVI- Local do Evento: AMTC - Rua das Paineiras, 55 - Alto do Peró.

● 19 a 27.FEV.2011 – SAÍDA GARANTIDA – ULTIMAS VAGAS - VIAGEM ENOGASTRONÔMICA A MENDOZA EXPERIÊNCIA DE VINHOS GOURMET com uma pitada de Buenos Aires. A Argentina é um dos principais produtores de vinhos, não somente do continente americano, mas dos chamados países do Novo Mundo. E quando se fala em vinho argentino, é MENDOZA que vem logo à lembrança, porque em sua província é produzido cerca de 70% de todo o produto nacional, e responde pela exportação de 20% do que produz. Ela fascina qualquer amante de vinho com a diversidade de rótulos produzidos nas mais de mil bodegas locais, dos mais populares aos mais sofisticados.
Se destacam 4 diferentes áreas de cultivo e produção:
o Região do Centro, entorno a capital Mendoza, num raio de até 40 km, onde nos encontramos com Maipu, Godoy Cruz, Luján de Cuyo, Perdriel e Agrelo.
o Região Leste, a uns 80 km ao leste de Mendoza com Lavalle, San Martín, Santa Rosa, Junín e Rivadavia
o Região do Valle del Uco, a uns 100 km ao sul-oeste de Mendoza, uma das áreas cultivadas de maior qualidade de toda Argentina, com Tupungato, Tunuyán e San Carlos, e
o Região Sul, a mais distante de Mendoza, a uns 250 km para o sul com San Rafael, General Alvear e Malargüe

Desde o sopé da cordilheira dos Andes e o Aconcagua, como referência, continua ao Leste um deserto de 149 mil km2, que no último milênio foi se tornando em magníficos oásis de cultivo e de vida na área de Cuyo. Vinhedos, oliveiras, canais, valetas, ruas arborizadas com plátanos diagramam com suas galerias de diferentes tonalidades de verdes à cidade de Mendoza e seus arredores.
E essa evolução da qualidade e consumo do vinho argentino, seu dinamismo em constante mutação, desde vinícolas industriais, boutiques e artesanais, sejam com grande aplicação das tecnologias ou mantendo como em outras, a tradição como lema, é o que pretenderemos descobrir ao longo desta experiência, junto a outros elaboradores de produtos gastronômicos como azeite, vivenciando também a Boa Mesa com Chefs e Restaurantes de renome na região, sem mencionar o “Leit Motiv” em visitar uma novíssima e pequena propriedade de um mineiro cujo primeira safra chegará a ver a luz nesta próxima colheita no Vale do Uco dentro do projeto The Vines of Mendoza – Private Vineyard Estates, que possibilita a um Amante do Vinho e enófilo fazer um sonho tornar-se na realidade e se converter num pequeno produtor coordenado e supervisado por um enólogo de nome reconhecido internacionalmente como Santiago Achaval. ROTEIRO PREVISTO:
1º Dia – 19 FEV - SAB – BELO HORIZONTE – MENDOZA. Vôos Gol/Aerolineas Argentinas. Saída de Confins BH as 11:06 hs. (ou outras cidades de origem), via SP e Buenos Aires, com chegada prevista em Mendoza as 21:25 hs. Recepção, traslado e acomodação de 6 nts. no Hotel Diplomatic Park Suítes de 5* em Mendoza.
2º Día - 20 FEV – DOM – MENDOZA – LUJÀN DE CUYO - MENDOZA. Visita panorâmica de Mendoza com guia local em português. A meia manhã, prosseguimento a Luján de Cuyo, para visita com degustação da Bodega Carlos Pulenta-Vistalba seguida de Almoço Gastronômico de Boas Vindas no elegante Restaurante La Bourgogne com lindas vistas para os seus vinhedos. Após almoço retorno a Mendoza. Resto dia livre.
3º Día - 21 FEV - 2ª.feira – MENDOZA – VALLE DEL UCO/THE VINES - MENDOZA. Saída ao Valle del Uco para visita temática entorno ao projeto único na Argentina de The Vines of Mendoza – Private Vineyard Estates. Recepção e visita instalações, conhecer os processos de elaboração, os sistemas de condução, e os segredos e técnicas de várias degustações. Visita dos vinhedos Clos de los Gaúchos e produtor próximo Gimenez Riili, seguido de experiência gastronômica aos pés dos Andes com um tradicional e típico “asado” mendocino regados com os vinhos destes produtores a convite de The Vines. Após almoço retorno a Mendoza. Resto dia livre.
4º Día - 22 FEV - 3ª.feira - MENDOZA – MAIPU - MENDOZA. Saída para a sub-região de Maipu da Região Central, maior elaboradora de produtos agro alimentares de Mendoza. Visita com degustação de produtos da interessante Olivícola Pasrai com produtos orgânicos ligados ao azeite de alta qualidade. Visita com degustação da Fazenda Almacén del Sur com produtos agro e horto-granjeiros, onde será feito o Almoço. A tarde, em Mendoza, evento no Tasting Room ou no The Vines Wine Bar&Vinoteca. Jantar livre.
5º Día - 23 FEV - 4ª.feira - MENDOZA – VALLE DEL UCO - MENDOZA. Saída ao Valle del Uco para visita com degustação de vinhos de 3 vinícolas significativas. A inédita Atamisque, a emblemática Salentein com Almoço Harmonizado e um ícone da região como Clos de los Siete, Andeluna ou similar. No final da tarde, retorno a Mendoza. Resto do dia livre.
6º Dia - 24 FEV - 5ª.feira – MENDOZA – COZINHANDO EM PERDRIEL – MENDOZA. Na sub-região Perdriel da Região Central, em Luján de Cuyo, Minicurso de Culinária com destacado Chef do Restaurante da conceituada vinícola Norton, finalizando com Almoço Harmonizado, após o qual retorno a Mendoza. Resto da tarde livre. À noite, Jantar Gastronômico de despedida no que é considerado o melhor e mais tradicional Restaurante da cidade, o 1884 do Chef Francis Mallman junto a Bodega Escorihuela.
7º Dia - 25 FEV - 6ª.feira - MENDOZA – BUENOS AIRES. Traslado para o Aeroporto. Saída vôo as 11:25 para Mendoza com chegada prevista as 12:57 em Aeroparque Buenos Aires. Recepção, traslado e acomodação de 2 nts. no Hotel Broadway All Suítes de 4*. As 19:00 Happy Hour na Enoteca La Casa de Nieto Senetiner para Degustação Gourmet de Queijos e Vinhos apresentada por Sommeliers da casa acompanhada por Finger Food e Saladas Delikatessen.
8º Dia - 26 FEV – SAB - BUENOS AIRES. Dia livre. - A noite, traslado ao Faena Hotel+Universe, membro The Leading Hotels of the World. No Restaurante El Bistrô, projetado por Phillipe Starck, e considerado 3º Melhor Restaurante de Hotel do Mundo pela Revista Hotels Magazine início da Faena Experience de Menu Degustação Harmonizado a modo de Jantar de Despedida da viagem, da mão do Chef Mariano Cid de la Paz com experiência no Restaurante La Alqueria do Hotel El Bulli Hacienda de Benazuza, próximo a Sevilla do Chef Ferrán Adriá.
9º Dia - 27 FEV – DOM – BUENOS AIRES – BELO HORIZONTE. Traslado ao Aeroporto Aeroparque de Buenos Aires. Saída as 14:05 hs com destino a BH, via SP, com chegada prevista as 20:04. (Ou outros destinos). INCLUI: Passagens aéreas cl.econômica — Tx. Embarque — Traslados e deslocamentos em serviço privativo — 8 nts. de acomodação com café e impostos, sendo 6 em Mendoza em Hotel 5* e 2 em Buenos Aires em Hotel 4* — 6 visitas com degustação a Vinícolas — Visita especial ao Projeto The Vines — 5 Almoços com Vinho — 2 Jantares com Vinho — Aula Culinária — Visita de 2 produtores gastronômicos de azeite e orto-granjeiros — 2 visitas a Enotecas com degustações — Visita turística a Mendoza com Guia local em português — Acompanhamento desde BH de Enófilo, Consultor turístico e guia operacional em português — Completa Apostilha com informações dos destinos, regiões e produtores vitivinícolas visitados. PREÇO: Parte Terrestre: US$ 2.565,00 por pessoa em apto. duplo. US$ 720,00 acréscimo em individual. Pgto. em R$ ao câmbio do dia, total até 28 JAN 2011. Outros planos de financiamento sob consulta. Parte aérea: Para saída de BH, US$ 680,00 + US$ 110,00 Tx. Embarque. Pgto. a vista ou em 5 vezes no cartão. Condição de grupo para emissão no dia 7 JAN 2011. PRAZO INSCRIÇÕES: IMEDIATO, mediante pgto. sinal de R$ 1.000,00 por pessoa. OBS. — Aéreo para saídas de outras cidades: Brasília US$ 680,00, Florianópolis US$ 765,00, Rio de Janeiro US$ 835,00 e São Paulo US$ 580,00 — Outras origens sob consulta — Hotéis, Restaurantes e visitas turísticas, vinícolas e outros produtores, conforme roteiro ou similares, podendo variar a sua ordem — Roteiro projetado para saída com mín. 18 pessoas — Seguro Assistência em Viagens opcional para 9 dias de US$ 30,00 — Extensões opcionais sob consulta — Inscrições somente do terrestre sem aéreo Taxa de US$ 100,00 por pessoa. RESERVAS: Na Zênithe Travelclub de Belo Horizonte. Tel. (31) 3225-7773. german@zenithe.tur.br UM ROTEIRO IMPERDÍVEL COM SUAS ULTIMAS VAGAS DIPONÍVEIS – FAÇA SUA INSCRIÇÃO IMEDIATA !!!

● 18 a 21.AGO.2011 – VAMOS A MONTANHA 2011- Vamos à Montanha de Campos do Jordão 2011 - 18 a 21 de agosto de 2011 - Orotour Garden Hotel- Campos do Jordão-SP.
Situação atual do VAM2011:
- VAM2011- 180 vagas- 135 inscrições.
- Wine Dinner Grego- 90 vagas- 86 inscrições
- Amarone- 60 vagas- 56 inscrições
- Vinhos da Córsega- 15 vagas- 06 inscrições
- Porto Taylor's- 25 vagas- 26 inscrições- Lotada. Reservas em lista de espera.
- Campanha Gaúcha- 30 vagas - 06 inscrições
- Grandes Bourgogne da Côte de Nuits- 15 vagas- 15 inscrições confirmadas com pagamento- Lotada.
- Espanha- 30 vagas- 32 inscrições confirmadas com pagamento- Lotada.
- Mesa Redonda sobre vinhos brasileiros- 45 vagas- 08 inscrições
- Jura e Savoie- 15 vagas- 13 inscrições.
- Terroir Bourgogne- 45 vagas- 46 inscrições- confirmando as inscrições.
- Eiswein- 30 vagas- 35 inscrições confirmadas com pagamento- Lotada.
E Vamos à Montanha de Campos do Jordão 2011. Detalhes em www.enopira.com.br

VINHO E CULTURA - NOTÍCIAS ENO - GASTRÔNOMICAS E DICAS :
● CIENTISTAS DESCOBREM PRIMEIRA VINÍCOLA, COM “SAFRA 4000 a.C." - Arqueólogos encontraram, na Armênia, restos de uva, sementes e até uma caneca - Arqueólogos divulgaram ontem a descoberta daquela que pode ter sido a primeira vinícola da história da humanidade, com mais de 6.000 anos de idade. Os restos da instalação foram encontrados em uma escavação na Armênia, próxima à fronteira com o Irã. "Esta é, até hoje, a maior instalação para produção de vinho relativamente completa, com as fases de esmagamento das uvas, fermentação e armazenamento in situ [no próprio local]", afirma Hans Barnard, autor do artigo sobre o estudo, publicado ontem no "Journal of Archaeological Science". "Era uma instalação relativamente pequena. Para consumo diário de vinho, deveria haver prensas maiores", diz George Areshian, codiretor da escavação e diretor-assistente da Universidade da Califórnia em Los Angeles. Entre os resíduos, também foi possível identificar sementes de uvas, restos da fruta esmagada, pedaços de cerâmica com vestígios de vinho e até uma caneca.
A equipe deduziu que os tipos de vinho produzidos no local eram "merlot" e "cabernet sauvignon", espécies de uvas típicas da região de Bordeaux, na França, usadas na fabricação de vinhos tintos. No mesmo local, aliás, foi encontrado, em junho de 2010, o sapato mais velho do mundo, de 5.500 anos. Pela quantidade de átomos de carbono presentes nos resíduos orgânicos, os cientistas foram capazes de estimar a data de construção da antiga vinícola, instalada entre 4100 e 4000 a.C.
Segundo Areshian, a comprovação de que havia fabricação de vinho no local veio da presença da malvidina, substância encontrada na uva e um dos principais corantes do vinho tinto. Também foi encontrada grande quantidade de ácido tartárico, presente na bebida, mas também em diversas plantas. (Fonte – Agências de Notícias ).

● SEGUNDA EDIÇÃO DO BH RESTAURANT WEEK - A segunda edição da BH Restaurant Week será no mês que vem. A data já está definida: do dia 14 a 23, sendo a semana especial (só para clientes Mastercard Gold e Platinum) entre os dias 7 a 13. O esquema será o mesmo da edição passada, ou seja, refeições individuais de três etapas (entrada, prato principal e sobremesa) a R$ 27,50 no almoço e R$ 39 no jantar! Bebidas e serviço à parte, claro. A melhor novidade é que a lista de restaurantes participantes aumentou. Passou de 30 para 47 - pelo menos por enquanto, já que a relação definitiva de casas que participarão do evento só será fechada ao longo da semana que vem. Os nomes que já “vazaram” no mercado são: Copa , Borgevita , Verde Gaio , Rima dos Sabores , Flores , 68 La Pizzeria , Benvindo , Bodega 361 , Piacenza , Casa dos Contos , Chez Aline , Key , Osteria Degli Angeli , Parrillero , Primeli , Urbano Santiago . Duas casas ficaram de fora: Fabbrica Spaghetteria (unidade BH Shopping; a de Lourdes vai continuar) e Devassa. A participação do Matusalém ainda não foi definida. Entre os que retornam estão Haus München, Ficus, Hermengarda, Feliz e Maharaj (que participará no almoço e jantar e terá três opções de prato principal).

● MINHA CASA, MEU BISTRÔ - Serviços de personal chefs ou chefs em domicílio são cada vez mais procurados. Demanda alta engorda lucro dos profissionais: no conforto do lar, pagam-se até R$ 160 por refeição. Sofisticação, privacidade e comodidade, sem contar – é claro – a comida exclusiva e requintada. São esses atributos que fazem do personal chef ou chef em domicílio um profissional cada vez mais valorizado e procurado. A abertura de institutos especializados e cursos de formação na área em universidades da capital, além da difusão de espaços gourmet em prédios residenciais, ajudou a mudar a cara da gastronomia, que ganha cada vez mais status entre os apreciadores da boa cozinha.
O resultado é uma demanda crescente por estes profissionais, que viram os eventos de confraternização entre amigos, aniversários e até bodas de casamento dobrarem ou mesmo triplicarem no último ano. O que significa que, cada vez mais, pessoas estão dispostas a pagar entre R$ 30 e R$ 160 por convidado para transformar a casa em um minibistrô com direito a petiscos, entrada, prato principal e sobremesa. As bebidas não entram no orçamento.
Desde a primeira experiência, no aniversário da irmã em setembro do ano passado, a estilista Prisce Marie virou cliente de carteirinha dos serviços da personal chef Paula Melo Lopes de Oliveira. O último encontro com as amigas, o quinto comandado por uma chef em sua cozinha, teve cardápio assinado pela especialista. Prisce garante não ter qualquer restrição em pagar de R$ 33 a R$ 38, por pessoa, pela conveniência de não ter que botar a mão na massa ou ir ao restaurante. “Não tenho que me preocupar com nada e, no fim das contas, é muito prazeroso. Em um restaurante você não tem a privacidade da sala da sua casa. Sem contar que não é aquela comidinha caseira do dia a dia, é algo mais sofisticado”, pondera.
Para Paula, que trabalha na área há três anos, o mercado é cada vez mais promissor. “A procura cresceu mais do que posso atender. Em 2009 e 2010, o número de eventos dobrou e hoje faço uma média de cinco a seis por mês”, conta. A refeição completa pode variar de R$ 33 por pessoa – para pratos com frango – até R$ 45 para aqueles que optarem por duas carnes ou frutos do mar. “O que normalmente dita o preço é o tipo de carne, que pesa mais no custo fixo. Com a forte alta da carne de boi, tive que subir os valores do filé mignon, que hoje é de R$ 39 por convidado”, explica. A personal chef calcula que, na média, os eventos rendam cerca de R$ 200 a R$ 300 de lucro líquido, de acordo com o número de convidados, limitado, por ela, a 30 pessoas. “Em eventos maiores ganha-se mais, já que é possível diluir o custo”, pondera. Júlia Martins, também personal chef, já chegou a cobrar R$ 160 por pessoa em uma recepção para 40 convidados que dava direito a pernil de cordeiro, miniflã de camarão e creme de mascarpone trufado envolto com salmão defumado (veja quadro). “Normalmente, uma refeição completa não sai por menos de R$ 100 por convidado”, conta. Ela garante que ninguém reclama dos preços, tanto é que os dois eventos que costumava fazer mensalmente em 2009 pularam para cerca de sete em 2010 e este mês, mesmo sendo mais fraco, já tem três trabalhos agendados.
A empresária Júlia Vieira do Prado Figueiredo confirma que não se preocupa com os valores e chegou a pagar R$ 80 por pessoa em um encontro corriqueiro com a turma de amigas. “Além de comermos bem, ficamos mais à vontade para conversar. Vale a pena. Não levamos tanto em conta o valor, mas sim o programa, que nos dá muita satisfação”, diz.
Apesar de estar em alta, a profissão de personal chef não se resume à realização de eventos particulares, que normalmente se restringem a poucos dias na semana e estão sujeitos à sazonalidade. A grande maioria dos profissionais da área complementa a renda com aulas e encomendas e alguns têm até emprego em bufê. “Viver apenas como personal chef não dá porque é preciso ter um volume muito grande de clientes e investir em propaganda”, avalia Paula Melo Lopes de Oliveira.
A alternativa é diversificar. Além das refeições personalizadas, a banqueteira Patrícia Crespo faz pratos sob encomenda, além de aulas de gastronomia. “Fechando a agenda do mês, consegue-se tirar entre R$ 5 mil e R$ 6 mil”, calcula. Com custo de R$ 30 por pessoa para cada evento, Patrícia chega a fazer, nas melhores temporadas, 12 a 15 recepções no mês, além das aulas ao custo de R$ 50. “Comecei dando aulas, mas depois as pessoas não queriam mais aprender, apenas degustar a comida”, conta.
Há seis anos como personal chef, João Paulo Borges também aposta na oferta de serviços variados e já planeja a abertura de seu próprio bufê este ano. “Faço eventos todos os fins de semana e tenho cerca de 35 a 40 alunos, número que há dois anos era de apenas 10”, conta. As aulas custam R$ 110 e os eventos variam de R$ 90 a R$ 140 por convidado, de acordo com o número de pessoas e cardápio escolhido. “É possível tirar cerca de R$ 5 mil ao mês de salário e, quanto maiores os eventos, maiores serão as remunerações”, avalia. (Fonte - Paula Takahashi/ Beto Novaes/EM/D.A Press. Brasil)

● LIVRO LISTA OS 100 GRANDES CHEFS DO MUNDO - Na lista, Alex Atala, é o único brasileiro na lista e o único representante da América Latina. Fazer lista é sempre algo delicado, complicado. Ninguém é poupado: tanto quem entra como quem fica de fora se torna alvo de críticas. Afinal, conseguir unanimidade, seja lá no que for, é algo praticamente impossível. Com a gastronomia e seus chefs alçados à condição de estrelas, a história não é diferente. Das revistas que elencam regionalmente os melhores cozinheiros e restaurantes brasileiros ao badalado ranking dos 50 melhores endereços do mundo da revista britânica Restaurant, há sempre bastante polêmica. Talvez por tudo isso, alguns julguem apressadamente como “mais do mesmo” 100 grandes chefs contemporâneos escolhidos por 10 mestres internacionais, belo e muito bem editado livro que a Editora Senac São Paulo acaba de lançar. Entretanto, o calhamaço de 440 páginas com textos de referência, centenas de receitas e fotos em profusão (ambiente, pratos, chefs, ingredientes etc) oferece um panorama e tanto da cena gastronômica atual. Por que? Cada “mestre”, representando um continente (África de fora, para variar), fez o seu top 10 pessoal. O grupo que definiu a lista é dominado por europeus: Ferran Adrià, Alain Ducasse, Fergus Henderson, Gordon Ramsay e o atual nº 1 do mundo (de acordo com a Restaurant), René Redzepi. Além deles, os norte-americanos Mario Batali e Alice Waters (a única mulher), o japonês Yoshihiro Murata, o chinês Jacky Yu e o australiano Shannon Bennett. Os verbetes oferecem fotos e receitas de cada chef, além de texto com informações sobre idade, origem e formação do profissional e depoimento em primeira pessoa do chef que o escolheu – com a justificativa. Se for encarado como mais uma lista, o painel apresentará características que incomodam, como o predomínio de europeus e a escassez de latino-americanos (o paulistano Alex Atala é o único) e de mulheres (apenas 11), para não falar da total ausência de africanos e na quase inexistência de talentos do Oriente Médio. Mas as listas de cada chef refletem, em primeiro lugar, preferências pessoais, sem compromisso explícito com esse ou aquele critério – ao menos é a impressão que fica. Justamente isso faz do livro uma obra importante, fora do comum. Descobertas: Para os que buscam atualização, esse livro é indispensável. A começar pelo grande número de chefs orientais (ou descendentes), entre chineses, japoneses, indonésios, taiwaneses e cingaleses. Com tamanha falta de informação sobre as cozinhas dessas nacionalidades no Brasil, chega a ser chocante ver o que esses profissionais estão fazendo do outro lado do mundo. Por vezes, o susto não se deve à sofisticação (que, em si, já não é chocante), mas à diferença. Para quem está acostumado a standards (sushi, frango xadrez, pato laqueado etc), é como descobrir um novo mundo. Com a recente ascensão do dinamarquês René Redzepi, chef do aclamado Noma (em Copenhague), e sua participação como um dos “mestres”, a cozinha nórdica ganhou espaço com o finlandês Filip Langhoff e os suecos Mathias Dahlgren e Gustav Otterberg. Outro universo pouco conhecido, o dos chefs que atuam na Oceania, é minimamente representado por cinco nomes, a maioria pinçada pelo australiano Shannon Bennett. Há também casos de profissionais que trilharam caminhos curiosos, como o do australiano Josh Lewis, hoje chefiando a cozinha do Vue, em Omã. 100 GRANDES CHEFS - Contemporâneos escolhidos por 10 mestres internacionais - Editora Senac São Paulo, 440 páginas, R$ 120 (Fonte - Eduardo Tristão Girão - EM Cultura)

● VINDIMA 2011 NA SERRA GAÚCHA - Já estamos em época de colheita de uvas na serra gaúcha. Ainda pouco numerosa já que é o período inicial, mas logo alcançaremos um volume grande de uvas colhidas principalmente de uvas brancas onde em grande parte resultarão excelentes vinhos espumantes. A vindima inicia agora nas regiões mais baixas com as uvas brancas como a chardonay e tem fim nas regiões mais altas da serra gaúcha no início de abril com as uvas tintas tardias como a cabernet sauvignon. O período distinto de colheita de cada microrregião produtora é um dos aspectos que contribuem para caracterizá-las. Todos os anos a TERRABELA disponibiliza roteiros no período da colheita onde é possível acompanhar o processo inicial de elaboração de vinhos, provar uvas finas nos vinhedos, conhecer os produtores e saber de suas expectativas, provar vinhos recentemente elaborados (não engarrafados) etc. Os roteiros também reservam visitas a vinícolas com degustações especiais dos melhores vinhos finos elaborados na serra gaúcha, refeições memoráveis e ainda aspectos culturais e festivos deste período tão esperado.
Abaixo seguem as datas dos roteiros regulares para a Vindima 2011, que prevê grupos limitados e atendimento diferenciado:
21 a 23 de janeiro: Especial colheita de uvas brancas e elaboração de vinhos espumantes;
10 a 13 de fevereiro: Período de colheita de uvas tintas. Várias microrregiões.
18 a 20 de fevereiro: Festa Nacional da Vindima em Flores da Cunha e microrregião dos Vinhos dos Altos Montes;
05 a 08 de março: Especial feriado de carnaval;
18 a 20 de março: Vale dos Vinhedos e região adjacente.
INFORMAÇÕES E RESERVAS: Terra Bela Viagens e Turismo: (xx) – (54) – 3292-1461 ou
turismo@terrabela.com.br

● 45 LIVROS PARA LER NAS FÉRIAS DE INÍCIO DE ANO ( Título / Autor / Valor R$ ) - Quem gosta de vinhos acabará adorando a diversidade de livros que estão à disposição dos mais interessados em aprofundar seus conhecimentos. Há livros para todos os gostos e bolsos. Para quem quer ter uma Lista fácil de livros para ler nas férias ou presentear amigos:
1 - A Biblia do Vinho / Karen Macneil - R$ 159,90
2- O Admirável Mundo Novo do Vinho / Aguinaldo Zackia Albert - R$ 41,90
3- Uma Breve História do Vinho / Rod Phillips - R$ 54,90
4- A Cozinha E Seus Vinhos / Saul Galvão - R$ 59,90
5- Curiosidades Sobre o Vinho / Pamela Vandyke Price - R$ 41,90
6- Em Volta do Vinho / Renato Machado - R$ 39,90
7- Guia Passo a Passo - Vinhedo e Vinhos da França / Gallimard - R$ 27,90
8- Le Cordon Bleu – Vinhos / Le Cordon Bleu - R$ 149,90
9- Livro - Arte & Vinho / Fernando Miranda - R$ 54,90
10- Guia de Vinhos Larousse / Manoel Beato - R$ 19,90
11- Vinho: Saúde e Longevidade / Antonio Carlos do Nascimento - R$ 19,90
12- O Imperador do Vinho / Elin Mccoy - R$ 69,90
13- O Ritual do Vinho: Etiqueta e Serviço / Mauro Corte Real - R$ 24,90
14- Tradição, Conhecimento E Pratica dos Vinhos / Celso Alzer e Danio Braga - R$ 19,90
15- Vinho / Oz Clarke - R$ 79,90
16- Vinho / Marcelo Copello - R$ 27,90
17- Vinho Branco Para Leigos / Mary Ewing-Mullingan - Ed Mccarthy - R$ 24,90
18- Vinho e Comida / Joanna Simon - R$ 74,90
19- Vinho e Suas Circunstancias / Sergio De Paula Santos - R$ 41,90
20- Vinho Manual do Sommelier / Daniele Cernilli, Marco Sabellico e Antonio Calo - R$ 34,90
21- Vinhos - Degustação, Elaboração e Serviço / Adolfo Alberto Lona - R$ 21,90
22- Vinhos e Uvas - Guia Internacional Com ... / Aristides de Oliveira Pacheco e Siwla Helena Silva - R$ 41,90
23- Vinhos - O Essencial / Jose Ivan Santos - R$ 54,90
24- Vinhos... É Importante Lembrar / Rogerio Dardeau de Carvalho - R$ 24,90
25- Vinhos: uma Festa dos Sentidos / Rogerio Dardeau de Carvalho - R$ 37,90
26- O Vinho no Gerúndio / Julio Anselmo de Sousa Neto – R$ 47,00
27- O Mapa do Tesouro / Karin e Carlos Arruda – Academia do Vinho – R$ 25,00
28- Pequeno Livro do Vinho / Suzamara Santos – R$ 17,15
29- O Livro do Vinho / Vincent Gasnier - R$ 69,90
30- Os Segredos do Vinho: para Iniciantes e Iniciados /José Osvaldo Albano do Amarante - R$ 149,00.
31- A Viúva Clicquot – A História de um Império do Champanhe e da Mulher que o construiu – Tilar J. Mazzeo – R$ 39,50.
32- Os Segredos do Vinho – Conselhos de Vinicultores, Sommeliers e Especialistas / Marnie Old / Editora Prumo – R$ 39,90.
33- A Experiência do Gosto / Jorge Lucki / Editora Companhia das Letras – R$ 49,00.
34- 1000 Segredos do Vinho / Carolyn Hammond / Editora Ágape – R$ 19,90
35- Guia Ilustrado Zahar de Vinhos Franceses / Robert Joseph - R$ 29,90
36- Vinhos do Mundo Todo - Guia Ilustrado Zahar / Geoff Adams - R$ 74,90
37- Cem vinhos Imperdíveis do Guia Descorchados 2009 / Patricio Tapia - R$ 7,49
38- ATLAS MUNDIAL DO VINHO/Hugh Johnson e Jancis Robinson/Nova Fronteira - R$ 140,00
39- LAROUSSE DO VINHO / Editora Larousse do Brasil - R$ 120,00
40- TINTOS & BRANCOS / Saul Galvão / Editora Conex - R$ 120,00
41- INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO / Ciro Lilla / Editora Martins Fontes - R$ 29,80
42- A ARTE DE DEGUSTAR O VINHO – PELO MELHOR SOMMELIER DO MUNDO / Enrico Bernardo / Companhia Editora Nacional - R$ 70,00
43- O GUIA FUNDAMENTAL PARA O APRECIADOR MODERNO / Oz Clark - R$ 89,00
44- MANUAL DIDÁTICO DO VINHO – Daniel Pinto - Editora Anhembi-Morumbi – R$ 76,50 (na Livraria Saraiva)
45- 100 GRANDES CHEFS - Contemporâneos escolhidos por 10 mestres internacionais - Editora Senac São Paulo - R$ 120.

● NOVOS ROTEIROS ENO-GASTRONÔMICOS ESTÃO SENDO PREPARADOS PELA ZENITHE TRAVELCLUB – Desde que o processo de transformar as uvas em vinho foi desenvolvido, há cerca de cinco mil anos, o homem se interessa por suas sutilezas e variações, assim como, ir descobrindo paralelamente o prazer, a arte e a cultura gastronômica. Visitar as regiões vinícolas, numa fascinante viagem através dos sentidos, oferecidos pela cultura e costumes locais, conhecer de perto os produtores de destaque e os maiores templos da gastronomia mundial, é uma deliciosa, divertida e romântica maneira de conhecer novos lugares e desfrutar dos conhecimentos da enologia e da boa mesa, duas artes cada vez mais associadas. Inusitadas sensações que alimentam a alma e aguçam a sensibilidade, proporcionam uma alegria maior pela vida. Assim, para que você possa se programar para os novos roteiros, a ZENITHE TRAVELCLUB anuncia seus próximos projetos de viagens:
Fev/2011 - Mendoza - Argentina. Uma oportunidade de visitar Bodegas e Produtores de destaque na principal região produtora, conhecendo com mais profundidade as uvas emblemas nacionais e como os argentinos estão se tornando uma referência de qualidade mundial. Veja o roteiro previsto, neste VINOTICIAS, lançado para 19 a 27.FEV.2011, ou entre em contato com Zênithe Travelclub de Belo Horizonte. Tel. (31) 3225-7773. supervisao@zenithe.tur.br
Abril ou Maio/2011 – Catalunya e Andaluzia - Espanha. Um passeio pelas borbulhas dos Cavas produzidos na Catalunya, abrindo caminho por um aprofundamento no conhecimento do vinho espanhol. Visitas a produtores e bodegas destacados, num roteiro de fino gosto. Nov/2011 - Austrália e Nova Zelândia. Um passeio pelas regiões de Waiheke, Marlborough, Christchurch, visitando não apenas belas paisagens, vinícolas de renome mundial, mas também áreas de observação de baleias e golfinhos. Visitas nas regiões de Melbourne, Yarra Valley, Adelaide, Barossa Valley, McLaren Valley, Sidney e Hunter Valley, num roteiro imperdível.
Abril/2012 - Panorama Vinícola do Chile. Se você estava com saudades do Chile, seus problemas acabaram. Um roteiro pelo que há de melhor na vinicultura chilena.
Set/2012 - Degustando a Safra de 2009 em Bordeaux – França. Se existe uma região e um único vinho que há gerações mantém a reputação da França, é Bordeaux. Um vinho que é padrão de comparação em todo mundo e origem do estilo de tintos intensos, com sabor de frutas negras como ameixa, amora, cassis, cereja, groselha, mirtilo, integradas com madeira doce como cedro (caixa de charutos), especiarias como pimenta–do-reino, pimentão, aromas florais de violetas, grãos de café torrados, que evolui muito bem com a guarda em adega. Bordeaux é considerada a maior e provavelmente a mais conhecida região produtora de vinhos finos do mundo, com uma excepcional diversidade, já que em suas vastas áreas de vinhedos, distinguem-se 57 denominações oficiais. É neste cenário que desenvolveremos nossa viagem enogastronômica, tendo oportunidade de provar a fina e rica culinária local, visitar os belos Châteaux que criaram a reputação dos grandes e lendários vinhos de Medoc, Pessac-Leognan, Sauternes, Saint-Emilion, entre outros. Uma avaliação de como a arte e cultura do vinho fundiram-se para criar produtos sublimes em complexidade e fascinação. (lembrando que em 18/09/2012 começam as Feiras e Liquidações de Vinhos por toda França, com preços excepcionais).
A programação não está restrita a estes roteiros, podendo ser oferecidos novos projetos de viagens e datas. Para maiores informações, contate: ZENITHE TRAVELCLUB – O Prazer de Viajar com Estilo - Zenithe Viagens e Turismo. Endereço: Rua Sergipe, nº 1.167 - Sala 1301. Belo Horizonte - MG. Tel: (31) 3225-7773.
● A “NOSSA” LE CREUSET - Feitas em São Paulo, panelas da La Grande Maison usam a mesma matéria-prima da grife francesa e chegam a ser 40% mais baratas. Desde que chegaram ao Brasil, em 1997, as panelas de ferro esmaltado Le Creuset viraram objeto de cobiça de boa parte dos profissionais e entusiastas de forno e fogão. Fundada em 1925 por dois artesãos belgas num vilarejo no norte da França, a marca conquistou o público por sua eficiência, sem dúvida. E talvez mais ainda por sua plasticidade, renovando a “pintura” e o humor das cozinhas com caçarolas e frigideiras vermelhas, azuis, verdes, roxas e alaranjadas. Um charme. Quem tem uma peça dessas em casa exibe com orgulho – afinal, elas chegam a custar até 1000 reais em pontos de venda especializados. De volta à realidade... Quem quer, mas não tem (dinheiro para) uma Le Creuset pode tratar de engolir o choro. Dá para comprar panelas de produção nacional, tão boas e bonitas, por preços bem razoáveis – 30% a 40% mais baratas que as da famosa grife francesa.
A responsável pela produção desses genéricos chama-se La Grande Maison, uma pequena fábrica de fundição instalada na região metropolitana de São Paulo. A empresa familiar trabalha há mais de 50 anos no ramo de peças de ferro automotivas, mas só há 10 passou a produzir os utensílios de cozinha. “Foi por acaso”, diz o proprietário Márcio Berti. “Um amigo nos deu a idéia em um almoço e nós ficamos interessados, curiosos”. Berti não viajou à Europa para investigar o consolidado modelo de produção estrangeiro. Tampouco visitou as empresas nacionais do gênero. Autodidata, preferiu seguir o caminho das pedras, fazendo pesquisas, experimentando materiais, acertando alguns testes e errando outros. A fase de estudos durou três anos e teve a colaboração do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo. “Nossa parceria com os engenheiros da USP foi fundamental para chegarmos a uma receita perfeita”, conta o empresário paulistano.
Sim, ele diz que produzir uma panela dessas é como uma receita de bolo. Areia e resina compõem os moldes das peças. Há pesos e medidas específicas para a fundição do ferro, que ocorre em caldeiras grandes submetidas a temperaturas altíssimas que chegam a 1500º C. O trabalho dos operários é difícil e exaustivo. O ambiente da fábrica é pouco amistoso: quente, empoeirado e barulhento. Impressiona ver um processo tão brutal resultar em objetos tão primorosos, que combinam delicadeza e força (as panelas são resistentes e podem pesar até 6 quilos).
Saídas dos moldes, as panelas seguem para a etapa de acabamento, onde são lixadas e, finalmente, esmaltadas. É a parte mais bonita da produção. A matéria-prima usada é francesa – trazida, segundo Berti, do mesmo fornecedor da Le Creuset. Uma primeira camada de esmalte bege cobre toda a superfície. Depois de algumas horas de forno e repouso, as panelas seguem para a fase da pintura. Com as mãos precisas de artesão, um funcionário colore com spray a parte externa, uma panela por vez. É uma tarefa demorada e qualquer descuido pode colocar todo o trabalho a perder: “Se alguma parte tiver excesso ou falta de esmalte há risco de trincar o revestimento todo”, explica Berti. As panelas voltam para o forno e quando saem de lá, sapecando de tão quentes, precisam descansar por mais duas horas.
A linha da La Grande Maison conta com cerca de cinquenta modelos, entre panelas, caçarolas grandes e na versão mini, frigideiras com cabos de ferro, além de peças para bufê, grill e wook. São dez opções de cores. Para ter uma idéia de preço, uma caçarola com 24 centímetros de diâmetro custa, em média, 380 reais nos pontos de venda. Quem compra direto da fábrica ganha um bom desconto, mas paga pelo frete.
Panela boa é que faz comida boa - O leitor deve estar se perguntando se o investimento vale a pena. Chefs de cozinha consultados pelo iG Comida dizem que sim. Em geral, panelas de ferro esmaltadas são conhecidas e queridas dos cozinheiros por serem bastante resistentes e duráveis. "São panelas para a vida toda", diz Erick Jacquin, que comanda a Brasserie Erick Jacquin, em São Paulo, e usa as peças da La Grande Maison desde seu lançamento. Segundo ele, além de distribuir de forma uniforme o calor, esse tipo de material não possui interação com o alimento e mantém a temperatura de qualquer tipo de preparo por muito tempo. "As panelas da La Grande Maison são excelentes e não deixam nada a desejar às da Le Creuset, que são muito caras, com preços fora do padrão", avalia o chef.
Henrique Fogaça, do paulistano Sal Gastronomia, engrossa o caldo. Ele diz que usa muito as panelas da La Grande Maison para fazer risotos. E as minicaçarolas são boas para levar à mesa e servir. "É um produto de alta qualidade, bem resistente. Aguenta bem o fogo e o manejo de uma cozinha industrial. Talvez as da Le Creuset sejam mais pesadas, mas em termos de qualidade não há nenhuma diferença relevante", afirma Fogaça. Aceita encomendas pelo site para compras a partir de R$ 500,00 (não inclui o valor do frete) www.lagrandemaison.com.br (Fonte - Marcela Besson, iG São Paulo 16/01/2011).
● COMER EM SÃO PAULO É MAIS CARO QUE EM NOVA YORK - São Paulo é hoje uma das cidades mais caras do mundo para comer fora. Quem viaja para o exterior se assusta com as diferenças de preços. Num restaurante de classe média da capital paulista, 270 gramas de filé mignon grelhado, sem acompanhamento e taxa de serviço, custa R$ 41,80. Por esse valor se faz uma refeição completa e de qualidade em Paris, Nova York, Buenos Aires e Pequim. Duas referências: Em Nova York, por US$ 25 (R$ 42,15) se come o tradicional filé com fritas do Balthazar, um dos restaurantes mais badalados do mundo, com mais de duas horas de espera para conseguir uma mesa. Pelos mesmos US$ 25 se come uma entrada, prato principal com carne, sobremesa e, de quebra, água mineral em restaurantes do boa qualidade nos charmosos bairros de Palermo e Recoleta de Buenos Aires.
Mesmo considerando que o real se valorizou 5% nos últimos 12 meses ante o dólar, os preços na cidade de São Paulo estão acima do que seria considerado razoável. Comer fora de casa se tornou um opção indigesta para os brasileiros também quando se compara os custos dos alimentos com o preço do prato. Com os R$ 41,80 desembolsados por 270 gramas de filé mignon no restaurante é possível comprar praticamente um quilo do mesmo corte de carne num supermercado em São Paulo (R$ 45,90).
Donos de restaurante atribuem os preços elevados das refeições no País aos altos custos de mão de obra e de aluguel e à alta dos alimentos nos últimos meses. "A culpa é do bife", afirma Antonio Comune, coordenador do IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo, a capital gastronômica do País. Com a escassez de chuvas e a diminuição na oferta de bois, o preço da carne subiu. E o produto é base das refeições fora de casa, explica o economista. Por isso, do tradicional prato feito e prato do dia à refeição à la carte, houve uma alta generalizada de preços em 2010. A alimentação fora de casa subiu quase o dobro dos índices gerais de inflação no ano passado e acompanhou de perto a subida dos alimentos em geral, apontam dois indicadores de inflação.
Os preços da alimentação fora de casa aumentaram 10,62% no ano passado no IPCA, a medida oficial de inflação do País. Enquanto isso, o índice geral de inflação no período acumulou alta de 5,91%. Comer em restaurante, bar ou lanchonete foi o segundo maior fator de pressão da inflação: respondeu por 0,46 ponto porcentual do resultado IPCA de 2010. Só perdeu para a carne, que subiu 26,64% e respondeu por 0,64 ponto porcentual da inflação total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SELEÇÃO DE ARTIGOS VEICULADOS NA MÍDIA RELACIONADA A VINHOS

Os artigos a seguir são reproduções das matérias e arquivos veiculados nos principais jornais brasileiros, que tratam do tema, sendo citados sem nenhum valor de juízo, correções, inserções ou censura, procurando divulgar a cultura do vinho entre as pessoas que recebem o Vinotícias.

▪ MARCELO COPELLO, entrevista para IG VINHOS – 14/01/2010
Deu a seguinte entrevista para o IG VINHOS - Marcelo Copello mora num país “cervejeiro”, mas, mesmo assim, ingressou no seleto clube dos experts em vinho reconhecidos internacionalmente. O título foi dado pela revista Meininger’s Wine Business International, uma das mais respeitadas publicações mundiais dedicadas aos negócios do vinho. Fundada na Alemanha, escrita em inglês e distribuída em 40 países, a revista deu pela primeira vez destaque ao Brasil em sua edição de agosto de 2009, na seção regular "Who's Who". Num dossiê sobre o Brasil, a Meininger’s promoveu uma eleição com as pessoas mais influentes do mercado nacional, em oito categorias - como melhor sommelier, melhor carta de vinhos, melhor importador e melhor jornalista, na qual Copello foi eleito.
Ex-cronista da Gazeta Mercantil, o “número 1” entre os jornalistas de vinho do Brasil concedeu entrevista à editora do Guia de Vinhos iG, Margarida O. Pfeifer e, entre outras coisas, criticou a soberba que muitos restaurantes brasileiros impõem ao ato de beber vinho, além do preço alto, motivos que afugentam o consumidor que deseja apenas saborear a bebida com prazer e tornam mais fácil e confortável pedir mesmo a velhar cervejinha.
Guia de Vinhos - Como chegar a ser um expert em vinhos com reconhecimento internacional num país que nunca teve tradição na bebida e sempre foi conhecido por ser consumidor de cachaça e cerveja?
Marcelo Copello - A falta de tradição pode ser um trunfo, pois a tradição pode ser restritiva. Em países tradicionais, como Itália e França, os especialistas locais normalmente conhecem bem só os vinhos de seu país, e às vezes só os da sua região! No Brasil temos cerca de 30 mil rótulos de 30 países. Para sobreviver aqui, um expert precisa estudar tudo o tempo todo e assim adquire uma visão global que poucos aí fora têm.
GV - O vinho tende a continuar crescendo no consumo do brasileiro, e roubando espaço dessas bebidas tradicionais no país?
MC - Sim. Esta tendência existe há cerca de 15 anos e se confirma a cada ano. É uma escalada consistente e aparentemente irreversível.
GV - Qual a responsabilidade do preço no distanciamento do brasileiro dos vinhos de qualidade?
MC - Grande! É uma briga de David e Golias. Sempre repito que paga-se caro demais por qualquer vinho no Brasil, nacional ou importado, e que esta é a grande barreira para que o consumo do vinho no Brasil dispare.
GV - A margem aplicada pelo comércio acaba jogando contra o consumo da bebida, ou o paladar do brasileiro comum é mesmo para outro tipo de bebida?
MC - O brasileiro é hoje um dos consumidores mais ávidos por conhecer o vinho no mundo. Há vinhos para todos os paladares e ocasiões. Falta cultura, mas o brasileiro quer aprender. O que falta, portanto, é mesmo preço.
GV - A linguagem dos enólogos e sommeliers é muitas vezes pouco compreensível ao consumidor que quer apenas tomar vinho. Isso também afugenta o consumidor?
MC - Sim, este é um ponto negativo. Há muito esnobismo, desinformação, e gente que prefere que o vinho seja para poucos, apenas para os “eleitos”. Isso afugenta sim o consumidor, acaba sendo muito mais descomplicado e barato pedir uma cerveja no restaurante do que um vinho. Uma nova geração de enólogos, enófilos, jornalistas e sommeliers está aos poucos mudando isso.
GV - O Brasil passou a produzir vinho de melhor qualidade nos últimos 15 anos. Podemos nos transformar em grandes produtores ou vamos continuar sendo importadores?
MC - Hoje importamos 60% do vinho fino e espumantes que consumimos (não contando os vinhos de garrafão). Este número já foi o oposto, 60% do consumo de nacionais e 40% de importados. Ou seja, produtores já somos, e em termos de volume temos toda a condição de suprir o mercado nacional, mas acho que sempre importaremos muito vinho, pois o consumidor brasileiro sempre vai querer ter a seu dispor a variedade mundial. Exportadores ainda não somos. Começamos a exportar para vários países, mas quantidades pequenas, como uma curiosidade. O vinho brasileiro ainda não tem volume e preço para ganhar fatias significativas de market share no mercado internacional. Temos condições de chegar lá sim, mas os preços terão de baixar.
GV - Os espumantes brasileiros estão ganhando fama. Eles são bons mesmo, ou são apenas "bons por serem brasileiros"?
MC - Já temos qualidade com consistência e com massa crítica. Vários produtores fazem vinhos espumantes bons, todos os anos, há vários anos. Ou seja, um jornalista como eu já pode afirmar sem receio que “fazemos bons espumantes”, o que nos tintos eu não posso generalizar desta maneira. No Brasil temos uma cultura do futebol, onde o que conta é ser “o melhor do mundo”. Os espumantes brasileiros são os melhores da América Latina, mas não são os melhores do mundo, nem os melhores depois do champagne. No vinho não é importante ser o “melhor” e sim o mais adequado, a melhor opção. O espumante brasileiro é a melhor opção até certo preço.
GV - Como definir um bom vinho?
MC - O bom vinho é o que emociona, e a emoção vem do contexto, principalmente da companhia. Costumo dizer que o vinho bom precisa cumprir três requisitos: ser adequado a você (você precisa gostar do vinho), adequado à ocasião (verão, inverno, pratos que irá acompanhar, precisa agradar às outras pessoas que irão beber), e precisa ser adequado ao seu bolso, o quanto você quer gastar naquele momento. Se ao perguntar você queria ouvir porque alguns vinhos recebem mais pontos que outros, a resposta é simples. Existem critérios para avaliar vinhos, aceitos e seguidos (com variações) no mundo todo. Estes critérios analisam aspectos intrínsecos ao líquido (sua cor, aroma e sabor), como limpidez, intensidade, tipicidade (estar de acordo com sua origem e uva), qualidade, complexidade etc. Pode parecer complicado, mas não é. Normalmente não gasto mais que poucos minutos para avaliar um vinho. Não podemos esquecer, no entanto, que um vinho é mais que o líquido, é também cultura. Aí entra tudo que não é o líquido, a história, a fama, o nome, o rótulo, etc.
GV - É possível achar bons vinhos por preços igualmente bons?
MC - Sim, é possível achar vinhos relativamente bons a preços relativamente bons, com um bom garimpo. Os vinhos famosos e de altíssima qualidade sempre serão caríssimos, pois há uma fila de ricos loucos para comprá-los. E o vinho baratíssimo (digamos, de menos de R$ 40), sempre será muito limitado. Se você quer o bom e barato sugiro procurar em países, regiões e produtores pouco conhecidos, onde eles são mais frequentes. Cuidado com o oposto do bom e barato, vinhos fracos e caros, produtos com algum nome famoso, que eleva seus preços acima de sua qualidade.
GV - Qual o melhor vinho que você provou?
MC - Esta é uma pergunta recorrente, que sempre me fazem e sempre respondo de maneira diferente, conforme o que tenha provado recentemente. A degustação mais marcante da qual participei, pela história e fama dos vinhos, além de suas qualidades intrínsecas, foi uma horizontal de Bordeaux 1961, com quase 200 vinhos (todos os grandes), onde se destacaram o Château Latour 1961 e uma magnum de Pétrus 1961, dois dos maiores vinhos de todos os tempos. O vinho mais inesquecível e significativo, no entanto, foi um espumante rosé muito simples que provei no dia em que comecei a namorar minha esposa, Renata, em um pôr-do-sol às margens da lagoa Rodrigo de Freitas.

● GERSON LOPES - ESTADO DE MINAS - IN VINO VERITAS - 16/01/2011
Escreveu o artigo “ENCONTRO COM OS DOURO BOYS – PARTE I “ - Em viagem recente a Portugal, jornalistas brasileiros e angolanos aguardavam ansiosamente por um dos encontros programados, com os Douro Boys, grupo de produtores da Região do Rio Douro, em Portugal. Sabiam, de antemão, que iam provar grandes vinhos de mesa, já que os Douro Boys produzem alguns dos melhores e mais famosos rótulos da região que lhes dá nome. Estavam presentes Tomas Roquette (Quinta do Crasto), Francisco Olazabal (Vale Meão), Francisco Ferreira (Quinta do Vallado), Cristiano Van Zeller (Vale D. Maria) e Luís Seabra, representando Dirk Niepoort (Qinta de Nápoles).
A simpatia, o profissionalismo e a alegria permearam o encontro, realizado, diga-se de passagem, em local dos mais aprazíveis do Douro,o CS Vintage House Hotel, na vila de Pinhão, junto ao Rio Douro. Ainda haveria, ao fim da prova no restaurante do hotel, um gostoso jantar no qual os Douro Boys apresentariam alguns dos seus vinhos memoráveis para harmonizar com as iguarias servidas. A seguir, descrevo essa extraordinária prova, incluindo os rótulos do jantar, começando pelos brancos.
Quinta de Nápoles/Niepoort – Tiara 2008: de vinhas muito velhas, não passa pela madeira. Bela mineralidade e frescor, além de elegância. Pronto para agora e mais alguns pares de anos. Apresentado no jantar, o Tiara 2005 (o segundo de vida) é a comprovação de como esse vinho é capaz de evoluir nobremente. Delicioso! Redoma Branco 2008: também de vinhas velhas, nele as castas típicas durienses estão misturadas e fermentadas juntas. Frutado, toque floral e fumado nos aromas, além de redondo e fresco. Diferentemente do Tiara (mais mineral), nesse a fruta é bem mais marcante. Qual Redoma será reserva? Só provas às cegas irão definir. Redoma Branco Reserva 2009: sempre que degusto um Redoma Reserva, tenho a convicção de estar frente a um dos melhores brancos do mundo. Barrica bem posicionada, potente e elegante, fresco, longevo. Já vi muitos degustadores experientes pensarem se tratar de um grande branco da Borgonha. Parece que os reservas (prova às cegas, como dito anteriormente) se originam de três vinhas que têm um pouquinho de solo granítico, sendo que em uma delas, metade do solo é granítico e metade é xistoso. O 2009 é cheio na boca, fresco e equilibrado. Muito bom agora, mas quem tiver paciência para adegá-lo poderá desfrutá-lo em sua grandeza. Há poucos dias, provei dois: safras 2005 e 2006, e estavam fantásticos (embora se pudesse ter esperado mais); guardei o 2008 e o 2009 para saborear daqui a alguns anos.
Das outras vinícolas, também vieram boas apostas – VZ Branco 2009: um gostoso branco de Van Zeller, toque de frutas tropicais, redondo, fresco, pedindo mais algum tempo em garrafa para se equilibrar melhor. Quinta do Vallado Reserva 2009: ano quente, daí entrar maior proporção da uva arinto (40%), propiciando mais frescor à mescla (com viosinho, rabigato e gouveio). Foi servido no jantar e saiu-se muito bem com a trouxa de pescada e legumes ao molho de tomate e hortelã.
Os tintos vieram para arrasar, alguns, inclusive, com a capacidade de atingir o meu coração com a flecha do cupido (merecedores de 96 ou mais pontos):
Quinta de Nápoles/Niepoort – Vertente 2008: estágio de 8 meses em madeira e fruto da mescla de vinhas mais novas (no Douro, 20 a 25 anos) e velhas. Um bom vinho para a mesa. Direto e simples. Redoma Tinto 2008: vinhas de 60 anos. Parte do vinho fica em inox (20%) e o restante passa 22 meses em barricas. Moderno, porém elegante, sem nada a destoar do conjunto. Batuta 2008: vinhas de 80 anos; a tinta amarela é a principal casta e passa 22 meses em barricas, mostrando-se fantástico, com taninos muito presentes, porém macios e elegantes. Aguenta guarda de muitos anos, porém pode ser bebido agora. Charme 2008: de estilo borgonhês, esse vinho realmente é um charme. Predominam a touriga franca e tinta roriz de vinhas velhas misturadas. “Contra-natura”, o que quer dizer que, aqui, Dirk Niepport tenta nos mostrar que é possível fazer um vinho muito elegante no Douro, cujas características principais são a potência e a concentração. Flechou meu coração. Amor para sempre...inesquecível. O Niepoort Vintage 1966 mostrou que seus 44 anos foram muito bem vividos, fechando o jantar no restaurante Vintage House com chave de ouro. Na próxima coluna, falaremos de outros tintos de fantásticas casas provados no inesquecível encontro com os Douro Boys. Aproveite para conhecer e se cadastrar no site para receber newsletters de Gerson Lopes - www.vinhoesexualidade.com.br

● JANCIS ROBINSON – REVISTA WINE – A ESSENCIA DO VINHO
Escreveu o artigo “ VINHOS COM CONTEXTO “ – É engraçado como novas formas de encarar o vinho podem vir de direções muito pouco prováveis. No mundo do vinho, o México dificilmente está em primeiro plano, mas recentemente um mexicano refrescou-me a visão sobre tudo o que tem inspirado a minha vida profissional.
Hugo D’Acosta é um homem bastante inspirador. Estudava agricultura na Cidade do México quando começou a entrar em contacto com o mundo do vinho. Acabou por ir para Montpellier e Turim estudar enologia, regressando ao México em 1983.
O cenário do vinho mexicano dos anos 80, dominado pelas grandes empresas de bebidas espirituosas, não se encaixava obviamente num jovem repleto de idéias. Por essa razão acabou por voltar a partir indo, dessa vez, até à Califórnia. Lá adquiriu mais conhecimentos, trabalhando para os enólogos Cathy Corison e Tony Soter, em Napa Valley. Por fim regressou ao México onde inicialmente trabalhou em Santo Tomás, em LA Cetto e Domecq, uma das três grandes adegas em Baja Califórnia, no extremo noroeste do país, onde 90% dos vinhos mexicanos são produzidos. Ali criou laços fortes entre o vinho, viagens e comida local, ajudando desta maneira a tornar Ensenada como a capital gastronômica do México.
Em 1997 D’Acosta decidiu criar a sua própria adega, Casa de Piedra, em Valle de Guadalupe, um local seco e arenoso, a menos de cem quilômetros da fronteira americana e aberto à fria influência do Pacífico, semelhante à fria corrente de Humboldt.
Isto faz com que Valle de Guadalupe seja uma região de vinhos adequada, mas o que define Hugo D’Acosta é o que ele fez por esta zona. Com a ajuda do irmão arquiteto, Alejandro, construiu uma escola de produção de vinhos numa aldeia local, um edifício simples reforçado com objetos reciclados, como molas de colchão e garrafas de vinho vazias, cujo objetivo era dar aos moradores uma forma de apoiar famílias economicamente desfavorecidas.
Estagiários locais estabeleceram o direito de propriedade dos seus barris, marcando à mão cada um. Podem examinar as suas uvas, comprar uvas de outros produtores ou comprar nas próprias vinhas de Hugo D’Acosta. Com isso aumentou o interesse pelo vinho da Baja Califórnia, onde atualmente existem 4.000 hectares de vinhas e cerca de 40 lagares - até finais dos anos 80 só existiam três lagares. Mas o aspecto mais significativo é como isto tudo é tão local e fundamentado. “Os jovens estão cada vez mais a ficar interessados e orgulhosos dos produtos e do vinho mexicano”, disse-me D’ Acosta numa das suas raras visitas a Londres. “Mas precisamos de ser mais cuidadosos na criação de vinhos cada vez melhores e a bom preço, de modo a criar uma base sólida para a próxima geração. Isto não é só uma moda. É a primeira vez que produtores de vinhos são proprietários de adegas, mesmo que metade das adegas produza menos de 25.000 garrafas. No início pensávamos que tínhamos de exportar os vinhos, mas chegamos à conclusão que o mercado mais importante é o próprio México. Não queremos ter a necessidade de recorrer à Califórnia”, alertou.
O MÉRITO DO CONTEXTO - Neste momento deve estar a imaginar um produtor muito empenhado e inovador e foi a partir dessa idéia que trouxe para Londres 22 vinhos para degustar. Vinhos dos que entendia serem dos melhores de Baja, muitos produzidos pelos seus vizinhos. Vinhos de caráter, variados e, obviamente, artesanais (o que, neste caso, não é sinal de que possam ter falhas).
Mas foi durante a degustação do primeiro vinho, Casa de Piedra Emblema Sauvignon Blanc 2008 Valle de Guadalupe, um vinho profundamente individual, de taninos secos, vibrante, sem madeira, que D’Acosta usou uma expressão que me fez reflectir: “Nós fazemos vinho de e com contexto. Este vinho é para ser bebido especificamente com o nosso notável peixe - graças à corrente de Humboldt, o peixe é tão excepcional que a Aeromexico atualmente tem um vôo direto noturno de transporte de atum, de Tijuana para Tóquio”, explicou.
Ele não quis dizer contexto no sentido que muitas vezes é utilizado, no sentido de consumo que acrescenta muito na experiência de apreciar um vinho, mas no sentido de onde o vinho é produzido. “Para fazer um vinho com contexto, a pessoa tem de participar o menos possível, mas tentar fazer parte da vinha. Se quer fazer parte do contexto, tem de começar a aprender o que está à sua volta”, argumentou. Estava a degustar juntamente com Simon Farr, o importador britânico de D’Acosta e colaborador de um vinho “joint-venture”, um Estapor Venir, feito na escola de vinho e cujo nome é oriundo da aldeia onde está localizada.
A empresa de Farr, Bibendum Wine, esteve envolvida em projectos de produção de vinho por todo o mundo e ele reconheceu o “vinho de/com contexto” como um fenômeno em crescimento. “É verdade que os produtores de vinhos anglosaxónicos sempre tiveram a tendência de ir aos lagares e tentar controlar tudo, fazendo tudo à sua maneira”, admite Farr. “Isso era normal há 20 anos, mas agora não é apropriado”, afirmou.
Na minha opinião, a produção de vinho seguindo uma receita imposta pode ser mais conveniente para vinhos de marca. Mas, à medida que os vinhos no mundo se tornam cada vez mais polarizados entre marcas destinadas a se tornarem anúncios de futebol e os vinhos com a sua própria história, o “vinho de/com contexto” será cada vez mais compreendido e valorizado.
Cada vez mais os consumidores vão aperceber-se que a verdadeira apreciação de um vinho não se centra só na avaliação de um copo de vinho ou na atribuição de pontos de acordo com o seu desempenho em relação a algum paradigma teórico da qualidade do vinho, mas sim em aprender o máximo possível sobre onde, como e porque foi produzido.
Se os apreciadores de vinho estiverem dispostos a percorrer um caminho para conhecer os vinhos que bebem – em vez de olharem para eles como atores numa audição com o intuito de impressionar – então haverá o verdadeiro incentivo para os produtores de vinho do mundo nos oferecerem uma gama bem ampla de estilos, sensações e estímulos. Quem sabe?... e ainda aprenderemos alguma coisa. (Fonte - JANCIS ROBINSON Wine 45 ).

● JOSÉ PENIN – REVISTA WINE – A ESSENCIA DO VINHO
Escreveu o artigo “ OS BRANCOS IBÉRICOS “ - Ultimamente sinto uma paixão especial pelos vinhos brancos ibéricos. Extraem, melhor que os tintos, todos os valores da terra (solo), casta e clima sem afetar, de forma surpreendente, a potência alcoólica e respeitando a distinção e a personalidade de cada variedade. O mesmo não acontece com os tintos de castas bem distintas, concentrados e de elevada graduação que, degustados sem critério, ficam difíceis de se lhes adivinhar a variedade e origem. A razão é que colheita mais tardia das uvas acontece em pleno declínio da maturação aromática da película, fator transcendental de identificação de cada planta. Mas, será o auge dos vinhos brancos uma moda passageira?
Se voltarmos atrás no tempo podemos comprovar que o consumo de vinho branco foi sempre significativo, como mostram as inscrições faraônicas do Antigo Egito. Grécia e Roma, no comércio bidirecional, transacionavam vinhos brancos espessos e doces, enquanto os vinhos mais célebres eram os brancos Monenvasía e Samos, na Grécia, o vinho de Falernum, Tarraco ou o Amineum, em Roma.
Os “vinhos gregos” que os venezianos e os genoveses comercializavam, entre os séculos XV e XVII, eram moscatéis e malvasias. E não podemos esquecer que os vinhos transportados nas frotas inglesas e holandesas - como Tokay, Constantia, Sauternes, Jerez, Málaga, Madeira, Marsala, o antigo Porto, o Malvasia de Canarias e Champagne - eram também brancos. Mais ainda, quando a história revela usos e costumes do vinho não menciona o termo branco já que era um dado adquirido que o vinho seco era invariavelmente branco. A palavra “tinto”, só usada nas línguas espanhola e portuguesa, é baseada na maior produção histórica de uvas brancas na Península Ibérica e que ainda permanece. Quando era necessário elaborar vinhos “negros”, o branco era “tingido” com apenas 10% de uva ou vinho “negro”. Havia somente a exceção da Catalunha e Valência, onde no passado havia uma maior extensão de uvas vermelhas, daí o tinto ser denominado “negre” nas suas línguas, “nero” em Itália e "rouge" em França.
A redescoberta recente das variedades brancas ibéricas – ocultas pela crença de que os dois países têm maior vocação para os vinhos tintos – foi um marco histórico. Sinto uma profunda admiração pelo trabalho humano de uma geração experimentada de enólogos portugueses capazes de extrair a complexidade do Antão Vaz alentejano, de um Arinto de ervas silvestres, vindo dos solos argilosos do Alentejo que contrasta com o mineral Arinto do Dão. Ou a frescura vital do Fernão Pires da Quinta de Chocapalha, face à misteriosa mensagem do Encruzado da Quinta do Cabriz.
Em Espanha os novos brancos são também obras de criativos que “vivem” a vinha mais que a adega, como Rafael Palácios com o seu Ad Sortes, feito com o voluptuoso Godello de Valdeorras de solos graníticos, ou a rusticidade subtil da Dona Blanca del Gorvia, vindo da zona de Monterrei galego, a surpreendente Albarín (no Alvarinho) de León e o histórico Albillo do branco Bernabeleva de Madrid, todos realizados por Raúl Pérez. Outra personagem que também culmina uma ilusão com Garnacha Blanca del Priorat, um boémio da vinha, é René Barbier com o seu Nelin. Ou também o Verdejo sedutor e muito “borgonha” de Ossian de Javier Zacanini da sua adega de Segóvia… e muito mais.
Desde Lúcio Columela, no século I, até Rojas Clemente, no primeiro terço de século XIX, passando por Alonso de Herrera, no século XV, as cepas brancas ibéricas governavam nos seus respectivos tratados de vinicultura. Não é de estranhar que na nossa península habitem o maior número de variedades brancas originárias do mundo. (Fonte - Luís Costa Wine 44).

● PARA LER E REFLETIR

PARA GUARDAR OS SEUS VINHOS, VOCÊ NÃO DEVE ESQUECER:
■ Identificar, sempre que comprar um vinho, se ele tem potencial de envelhecimento ou se, pelo contrário, favorece um consumo quase imediato; neste caso, o melhor é bebê-lo.
■ O cuidado com o acondicionamento, mantendo os vinhos em condições adequadas de temperatura (nunca superior aos 16º) e de luminosidade (evitar a exposição direta à luz);
■ Colocar as garrafas deitadas (para o vinho permanecer em contato permanente com a rolha);
■ Verificar, periodicamente, se a rolha continua a desempenhar bem o papel de vedante ou se apresenta sinais de deterioração;
■ Evitar mexer, durante o repouso do vinho, várias vezes a garrafa;
■ Estar atento à evolução do vinho em garrafa. Ao notar que apresenta sinais nítidos de evolução (cor, depósito, etc.), será preferível bebê-lo.

Márcio P. Oliveira – 16/01/2011
Tel.: 8839-3341 E-mail: molivier@ig.com.br molivier3@gmail.com

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